Texto: Aurilene Damasceno
Agora, para mim, as ruas, as praças, os prédios, a cidade, tem um novo significado, uma nova cor, um novo movimento.
Como se um daltônico passasse a enxergar as cores, um músico que passa a entender partitura, como alguém que não entendia braile, libras ou outra língua, passasse a entender.
Agora são outros olhos que enxergam, os detalhes nas calçadas, os detalhes estruturais, cada traço, tentando identificar a época e o estilo em que foi construído. Olhar esse, que ainda não é tão técnico, porém, é curioso e observador.
A cada passo, a cada vivência, um olhar atento...
A cada olhar, um novo conhecimento, uma nova conquista, porque o saber e o viver não se tira da gente.